A Polícia Federal sugeriu a inclusão do presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais em ações de desinformação quanto ao processo democrático e das instituições. A live do dia 29 de julho seria o motivo para que a PF sugerisse o nome do chefe do Executivo.
Segundo a coluna Painel, do jornal Folha do Estado de S. Paulo, o entendimento da investigação é o de que a live é mais um evento promovido pela suposta organização criminosa que ataca as instituições e a democracia e, portanto, deve ser apurado dentro do mesmo procedimento que está em andamento e que recentemente pediu a prisão de Allan dos Santos.
A Polícia Federal também cita a possibilidade de enquadrar Bolsonaro no crime de difusão de desinformação em veículo de massa, como previa uma mudança na Lei de Segurança Nacional – o trecho que previa essa alternativa foi vetado pelo próprio presidente.
Denisse Ribeiro, delegada da PF, afirma que Jair Bolsonaro agiu de maneira “direta e relevante” na produção de desinformação sobre o sistema eleitoral e aderiu “a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países”. ?
O relatório com as sugestões e um resumo do que a polícia apurou foi encaminhado para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A PF tabém sugeriu o envio do caso para a Controladoria-Geral da União (CGU) e para o Ministério Público Federal (MPF).