Criar uma conta nas redes sociais leva apenas alguns minutinhos. Ou seja, é muito fácil criar um perfil para podermos interagir com quem quisermos. Entretanto, para os mal intencionados, as possibilidades vão além disso: elas usam esses perfis “fakes” para promover fofocas, difamar e denegrir pessoas. Lamentavelmente, esse tipo de crime não é uma realidade distante das escolas.
Recentemente, a Polícia Civil de Brumado realizou diversas ações criminais que removeram contas no Instagram e no Facebook que difamavam brumadenses. Infelizmente esse tipo de ação também chega às escolas e se espalhou entre seus estudantes: a criação de perfis falsos no Instagram, usados para divulgar, de forma criminosa, imagens de colegas e até de professores, em stories contendo calúnias e ameaças. Os ataques são tão agressivos, que estão propagando o ódio e o bullying e criando constrangimentos sem precedentes.
Na manhã da quarta-feira (2), a descoberta de um perfil falso denominado de “@barbienews.bdo” provocou muita confusão e gritaria no Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Meio Ambiente (CEEP), unidade educacional de referência no município localizada no bairro das Flores. Segundo o que apurou a reportagem do site 97NEWS, uma estudante teria criado o perfil para difamar os colegas, entretanto, ela teria sido descoberta e a direção da escola foi informada.

Foto: Rede Social
Durante o deslocamento da jovem até a direção da unidade educacional, alunos hostilizaram a aluna na subida de uma rampa. Imagens do momento foram compartilhadas nas redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp e viralizaram. Diante de tamanha violência virtual, a direção do CEEP chegou a orientar os alunos a não compartilharem as imagens na rede social e orientando que os pais façam o mesmo.
Em entrevista ao site 97NEWS, a vice-diretora do CEEP, Sara Gisele de Oliveira Azevedo, afirmou que a Escola sempre buscou o diálogo com os alunos para que seja promovido o respeito entre a unidade educacional e os discentes. “Essa ação nos deixou muito tristes, porque ao longo do ano a gente vem de uma forma muito intensa tentando coibir ações como esta. Nós temos o projeto [Educa Mais Bahia] em que a gente abre um espaço voluntariado, e nessas ações, ofertamos cinco oficinas, entre elas, a oficina Sócio Emocional, em que temos o apoio de uma psicóloga a qual tenta trabalhar questões como o bullying com os nossos adolescentes”, afirmou.
Conforme a vice-diretora, após o ocorrido, todas as salas foram visitadas pela direção e feitas as orientações devidas. “No período da tarde fomos em todas as salas pra falar sobre o ocorrido, discutir com eles, ouvi-los. E nesse contato, percebemos que eles também estão muito tristes com o ocorrido”, disse Gisele. Sobre o perfil falso, a vice-diretora afirmou que vai buscar os meios legais para a situação. “Nós estamos buscando todos os envolvidos juntamente com os seus familiares justamente para buscar os meios legais e responsabilizar os envolvidos sobre o fato. Enquanto instituição, a gente sempre busca a legalidade, até para coibir ações futuras”, disse a vice-diretora. Credito: 97News

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