Além dos resíduos de agrotóxicos cancerígenos, a água consumida pela população de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, está fora de um dos parâmetros essenciais de potabilidade, o pH. O Ministério da Saúde (Portaria nº 2.914/2011) recomenda que o pH, usado para medir o grau de acidez da água, fique entre 6.0 e 9.5, na escala de 0 a 14. Em Livramento, o pH está abaixo de 5.0. Isso significa que, na medição laboratorial, que é baseada em escala logarítmica, a acidez da água que consumimos está em torno de mil vezes acima do recomendado pela norma reguladora do MS. A cada número a menos na tabela, a água fica 10 vezes mais ácida. Ou seja, quanto mais baixo o grau do pH, mais ácida é a água. No longo prazo, seu consumo pode causar gastrite, úlcera e câncer no estômago. A água da nossa cachoeira (in natura) que chega à estação da Embasa tem o pH ideal para o consumo humano, mas é alterada com o tratamento, ao receber o sulfato de alumínio, para retirar a sujeira. Com isso, o grau do pH é drasticamente reduzido, deixando a acidez bem acima do recomendado pela norma. Para corrigir isso, é necessária adição de carbonato de sódio à água distribuída. A responsável por esse monitoramento e correção é a Embasa, mas sua gerência local teria cancelado esse cuidado, supostamente para reduzir custos, acredita-se à revelia da direção geral da empresa. A média do grau do pH da água de Livramento fornecida pela Embasa está em torno de 4,5, o que significa acidez mais forte que da “chuva ácida”, que é verificada quando o teor fica abaixo de 5.6. As letras pH são usadas em laboratórios químicos e significa potencial hidrogeniônico, que serve para medir o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água e outras soluções. As informações são do site Mandacaru da Serra, do Jornalista Raimundo Marinho.

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