O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a partir de 2024, terá mudanças na sua aplicação. De acordo com a decisão do CNE (Conselho Nacional de Educação), aprovada na segunda(14), o aluno poderá escolher uma dentre as quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. E prova terá apenas o inglês, e de maneira interdisciplinar, como língua estrangeira.

As alterações devem ser feitas após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo sistema de inscrições e pela aplicação da prova, definir as matrizes que permitam as mudanças graduais necessárias até a totalização da implementação, em 2024.

Só em 2021, quase 100 mil alunos realizaram as provas do ENEM. O exame avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação regular. Com quase duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior brasileira, com acesso, sobretudo, ao Fies (Financiamento Estudantil) e ao ProUni (Programa Universidade para todos). Além disso, muitos estudantes conseguem o acesso em universidades no exterior com a nota no ENEM. Só em 2018, o crescimento de jovens buscando graduação internacional foi 38% maior que 2017, de acordo com a BELTA (Associação Brasileira das Agências de Intercâmbio).

Mas por que o ENEM mudou e como essa mudança pode ser benéfica?!

As diretrizes do exame vão ao encontro do novo modelo do ensino médio, cuja implementação começa neste ano, em 2022. A nova legislação prevê uma flexibilização curricular em que os estudantes possam escolher uma área do conhecimento para se aprofundar, devendo ocupar 40% do total de horas do Ensino Médio, fazendo com que o CNE(Conselho Nacional de Educação) adaptasse o ENEM com esse novo modelo.

No novo ENEM, os candidatos seguem a mesma disposição por áreas: farão uma prova de formação básica geral no primeiro dia, alinhada a conteúdos da Base Nacional e com caráter mais interpretativa, e uma outra etapa para avaliar itinerários formativos.

“É uma mudança desafiadora, sobretudo na segunda etapa, porque o aluno vai escolher uma área que corresponda ou esteja mais próxima do curso e, por conseguinte, da profissão que deseja seguir”, explica Augusto Jimenez, psicólogo e diretor educacional da Minds Idiomas.

“A parte benéfica de toda a mudança é que o aluno terá uma chance de pontuar melhor no ENEM se desenvolver a capacidade de interpretação, e de tornar sinérgico as disciplinas. Ou seja, é menos ‘decoreba de fórmulas’ e mais prática de raciocínio interligado. A coincidência é que é exatamente dessa forma que ensinamos o inglês na Minds. Os estudantes são estimulados a ter consonância entre temas atuais com o idioma, incluindo temas políticos, músicas, e disciplinas da escola letiva como matemática e etc”, explica Rodrigo Berghahn, coordenador pedagógico das 70 unidades da Minds Idiomas.

E como vai ficar a prova de língua estrangeira?

No Parecer, o que antes tinha Inglês e Espanhol como opções de escolha dos alunos, agora somente o inglês se manteve, o que se instaura, de forma mais assertiva, a necessidade do ensino anglófono, principalmente para os alunos que desejam ingressar no ensino superior. Para o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), diante da pandemia e da quantidade de alunos que tiveram o ensino impactado, sobretudo para os de classes mais baixas, o idioma deve ser integrado de maneira interdisciplinar, não somente como uma prova separada.

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