Um cabo, supostamente de uma torre de energia, estava enrolado na hélice do avião que caiu em Caratinga e matou a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, e mais quatro pessoas. As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais. O delegado encarregado pela investigação do caso, Ivan Lopes, contudo, disse não poder confirmar que os cabos são da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A companhia informou que a aeronave bateu nos cabos de energia de uma torre de transmissão antes de cair.

Lopes disse ainda que, mesmo com a certeza de que existia um cabo enrolado nas hélices do avião, a origem do objeto só poderá ser definida quando a perícia da Polícia Civil for concluída. Na segunda-feira (8/11), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) acompanhou a retirada dos motores do avião do local do acidente. A remoção foi feita por uma equipe de uma empresa particular de guincho. De acordo com Amadeu Alexandre, proprietário do guincho contratado pela PEC Táxi Aéreo, os motores serão encaminhados para o centro da empresa e, de lá, seguirão para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

O Cenipa informou que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) continuam os trabalhos de Ação Inicial do acidente no município e que os destroços serão encaminhados para a sede do Seripa III, no Rio de Janeiro, para continuação das investigações durante esta semana. A FAB informa que só terá informações quando a análise das peças começar. Por enquanto, só quem fala é a empresa do avião, que está responsável pelo transporte e entrega das peças ao Cenipa.

Acidente
O avião com Marília Mendonça e equipe decolou na sexta-feira (5/11) de Goiânia com destino a Caratinga, em Minas Gerais, onde a cantora se apresentaria naquele dia. No entanto, já bem próximo à pista de pouso, a aeronave se chocou com uma torre de transmissão elétrica e caiu em uma área de cachoeira. No avião, com Marília, estavam o tio e assessor Abiceli Silveira Dias Filho, 43 anos; o produtor Henrique Ribeiro, 32; o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, 56; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana, 37. Todos morreram.

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